quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Amar está virando coisa de gente corajosa.




Amar está virando coisa de gente corajosa. Quantas vezes alguém diz um “eu te amo” verdadeiro e sincero? Quantas pessoas amam de verdade? O amor é uma coisa louca, só os loucos são capazes de amar, aqueles que optam pela sanidade morrem sem saber o que é amar.
Para amar precisa ser louco? Sim. Para amar você precisa sentir, se atirar de um “penhasco” sem saber a altura, “mergulhar” sem saber a profundidade, sem se limitar a nada. Então você acha que as pessoas sãs fazem isso? Talvez. Talvez elas não usem tanto o coração, afinal quem seria doido de pular de um penhasco? Ou correr risco de afogar?
Há amar não é fácil, se fosse fácil se chamaria de qualquer coisa, menos sentimento, amar é se arriscar a pular e cair, ou voar, mergulhar e se afogar, ou simplesmente nadar.
O amor é coisa de louco que sente; que se atira; que se atreve. Amar é deixar de se preocupar com o que será ou com o que seria, e se preocupar apenas com o que está sento, e com o que está vivendo agora.
Amar virou coisa de louco que se arrisca, mesmo sabendo que pode sofrer, ou se decepcionar, mas não importa; porque é esse o legado do amor, arriscar, se tirar, mergulhar. O amor como o nome já diz: é amar, sem burocracia, sem amanhã, sem depois e sem pensar no que será; é hoje, é agora, o para sempre resumido em um dia, uma hora ou um momento.

–Nívea Allves

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Se sonhar é falta do que fazer, eu sou folgada, uma sonhadora nata, aquela que acredita que o impossível é a desculpa que pessoas fracassadas ...




Ouvi várias vezes que sonhos são coisas de "gente que não tem o que fazer", ou simplesmente "falta de lavagem de roupa" para voltar para realidade. 
Que quem sonha pensa em coisas impossíveis que não irão acontecer.
Que isso não dá futuro a ninguém. 
Mas eu me pergunto: então pelo que vivemos? Só para esperar o dia da nossa morte e não passarmos de seres humanos insignificantes? Secos, sem vida, apenas sobrevivendo ao tempo, aceitando tudo que a vida nos da, mesmo não sendo justo? Esperando as horas passar sem nada produtivo fazer? Apenas trabalhar, trabalhar e trabalhar. Sem lutar pelo que todos dizem ser impossível? Ou falta de tempo? 
Há se sonhar é falta do que fazer, eu sou folgada, uma sonhadora nata, aquela que acredita que o impossível é a desculpa que pessoas fracassadas que aceitam sempre a derrota. De pessoas sem fé em Deus, sem fé na vida e nem nelas próprias. Eu acredito que sonhos é o que nos mantém vivos, o que nos dá forças para lutar, para viver e não apenas sobreviver nos arrastando no dia a dia. 
Mas ao contrário, fazer com que cada dia se torne um dia melhor, produtivo e batalhado; porque não basta sonhar, tem que correr atrás, acreditar, e se a vida te dizer que "Não", a encare e diga "EU QUERO, EU POSSO, VOU LUTAR E VOU CONSEGUIR! " sem baixar a cabeça, sorria e siga, a vida já tem "nãos" demais, vá em busca do "Sim", eu quero, eu consigo. Acredite em si mesmo, porque se você n acreditar ninguém fará isso por você. Se julgarem impossível sorria e continue a lutar, uma hora você vai conseguir e finalmente olhar para trás e dizer: - O que você disse mesmo? Impossível? Essa palavra não existe no meu vocabulário! 
Eu acredito e você, acredita em seus sonhos e em você mesmo?

- Nívea Alves

domingo, 18 de setembro de 2016

Em quem eu me transformei?




Eu já quis ser perfeita, ou ideal para alguém, já pensei em me tornar uma marionete, talvez as pessoas gostassem de mim assim, ou simplesmente permitissem que eu ficasse em suas vidas. Já ouvi muitas palavras duras que me machucaram bastante, mas sorri como se aquilo não tivesse me atingido, eu simplesmente aceitava tudo que as pessoas me davam, porque eu queria ser uma “companhia” agradável, ou ser amigável, já quis muito ser perfeita, ou modelo capa de revista, aqueles que atraem olhares por onde passam, que tem um corpo estrutural, sorriso na cara e são atraentes ao olhar dos garotos, eu quis isso, quis muito.
Eu quis tanto que chegou um momento em que eu quisera ser outro alguém, ou melhor, eu era esse outro alguém, não fazia nada que gostava, o sorriso era automático, mas meu coração era fechado, ao cair da noite, sozinha, eu chorava, no dia seguinte me levantava e sorria, ninguém percebia, eu fingia muito bem. Simplesmente não estava me reconhecendo, quem sou eu? Porque estou com esse sorriso na cara quando na verdade, quero gritar, chorar, fugir? Em quem eu me transformei?
Eu não sabia quem era, mas eu consegui um pouco do que tanto desejava, ser uma “companhia” legal e ter pessoas absolutamente vazias ao meu lado, eu queria preencher cada uma delas, mas como? Se até eu me transformei em alguém vazio? Se nem se quer sei quem eu sou!
Ao passar os dias às coisas estavam difíceis, meus pensamentos não me deixavam dormir, eu me olhava no espelho e não sabia quem era aquela imagem refletida, a angustia me tomava por completa, sensação de vazio, inutilidade, medo talvez, estava me sentindo sufocada, queria gritar, ou simplesmente fugir, mas como fugir de si mesma?
Certa noite foi decisiva, ou escolhia me salvar, me reconhecer, me gostar e me idealizar, e abandonar aquela tortura, aquele idealismo de perfeição, de ser o que as pessoas esperavam que eu fosse eu, decidi me amar como sou.
Eu optei por mim, chega de tortura, chega de ser marionete, chega de ter companhias vazias, eu grite, eu chorei, eu liberei toda a agonia e angustia que me afligia, fiquei sozinha, mas com o coração tão leve quando uma pena no ar; e notei que sendo eu mesma, eu aprendi a sorri com vontade, falar o que penso, ser o que sou que opiniões de terceiros não iriam modificar em nada minha vida, só eu tinha o poder de ser perfeita, uma “perfeita–imperfeita”, porque se eu for perfeita e ideal para mim, acreditei em quem eu sou e me respeitei. As pessoas não terão alternativas a não ser me aceitar, me respeitar e me admirar como sou.

–Nívea Allves

sábado, 10 de setembro de 2016

O amor está sendo extinto, ou as pessoas estão o fazendo sumir?




Para os que acreditam no amor, o amor existe, é verdadeiro e intenso, mas para os que não acreditam, ele simplifica–se em um “eu te amo” dito em carência, ou simplesmente para mexer com os sentimentos de outro alguém.
O amor está entrando em extinção, confundem querer com paixão e gostar com amor, confundem palavras lançadas em um momento qualquer com sentimentos, com intensidade, com a verdade. Quando na verdade não passa de carência, ilusão e uma bola de neve de decepção. Brincam com corações, como se fossem brinquedos, ou objetos descartáveis, iludem e machucam. Simplesmente não existe se quer um caráter emocional, não existe sinceridade numa troca de olhar, não existe a chama da paixão ao entrelaçar os dedos, simplesmente não existe amor ao toque do beijo.
O amor está sendo extinto, ou as pessoas estão o fazendo sumir? Pararam de acreditar que o amor vence tudo, pararam de se importar, simplesmente pararam, porque uma vez acreditaram e se decepcionaram, nós somos feitos de carne e osso, sentimentos, mas as pessoas vivem como se fossem marionetes, bonecos que simplesmente não sentissem nada, apenas querem se divertir sem pensar na conseqüência de que pode surgir amor, paixão, desejo, querer...
É tão raro vê um casal que se olha nos olhos e transbordam amor, é mais fácil vê o desejo, a luxaria, o querer e o amor, onde estar? Onde foi parar? Onde? Substituíram o amor, por status. O amor não é só sentir, claro que existe também o querer, o querer de estar perto, cuidar, saber lidar e acima de tudo estar lá.
Isso não se aplica apenas em relacionamentos do cotidiano, aqueles casais que passam na rua e parecem estar feliz, mas também se aplica a relacionamentos a distância, que ainda não houve uma troca de olhar, carinho nas pontas dos dedos, mas que de uma hora para outra existe um “eu te amo”. Até quando vai durar esse “eu amo”? Um dia? Dois dias? Uma semana? Dois meses? Quanto tempo? Até uma briga? E simplesmente a pessoa desaparecer, sem se importar com o vazio que vai deixar, simplesmente se vai. De pouquinho e pouquinho o sentimento que antes a fazia suspirar e perder horas pensando, imaginando, se torna espinhoso, repugnante e sem sentido.
Não é o amor que está sendo extinto, mas sim as pessoas que realmente amam e que se cansaram de sofrerem, de entregar seus corações de simplesmente acreditar que um dia o amor possa acontecer. O amor é como uma batalha, uma guerra, quem souber lutar e ter estratégias para que ele continue invicto e intenso, é vencedor, é merecedor, o amor é complexo não tente compreender, porque ele é um sentimento e como o próprio nome diz, é para sentir.

–Nívea Allves

sábado, 3 de setembro de 2016

Cheia de fases, metamorfoses e mudanças repentinas.



O dia está chuvoso, parece que o que eu sinto a natureza representa, tempestade é assim que me sinto como cada gota de água que cai do céu. Como o vento frio que sopra e arrepia todo meu corpo, como os trovões e raios. É complicado e talvez até inexplicável, porque eu não sei o que acontece dentro de mim, uma hora sou chuva, outrora sou sol, quente e brilhante...
É tão complicado explicar os meus fenômenos, minhas loucuras, meus momentos, o meu eu. É muito ridículo falar que o que sinto não tem explicação? Que meu humor muda de uma hora para outra? Que sorrio e ao mesmo tempo quero chorar? É muito louco falar que o que sinto não tem uma palavra se quer que descreva?
Hora eu sou furacão devastando tudo por onde passa, outrora sou brisa leve e com um sorriso estampado no rosto. Hora eu sou maré alta e turbulenta, hora eu sou mar calmo que contempla o pôr do sol. São tantas metamorfoses, são tantos fenômenos que prefiro dizer que sou tudo, tudo de bom e tudo de ruim, sou tão humana, sou tão frágil e ao mesmo tempo sou tão bruta, ignorante e às vezes egoísta, sou tantas coisas em uma só. Sou apenas eu: louca, mimada, sorridente e palhaça, cheia de fases, metamorfoses e mudanças repentinas. Uma hora eu quero, outrora não quero mais, uma hora desejo, outrora desprezo; uma hora eu sorrio outrora eu choro; uma hora eu sou meiga, outrora sou mais bruta como um lenhador quando parte a madeira ao meio...
Eu sou, sou cheia de manias, cheia de mimos, sou devastadora como furacão, sou destruidora como vulcão, sou raio em tempo de chuva, sou mar agitado que afunda os barcos dos marinheiros, eu sou...
Eu sou sorridente, alegre, eu sou o sol forte e brilhoso, eu sou brisa leve, ao tocar o corpo, eu sou chuva ao molhar o rosto, calma e singela, eu sou mar calmo que acolhe os marinheiros, eu sou turbilhão de coisas, eu sou...

–Nívea Allves

O MENINO JOSUÁ

A fome que me mata aos poucos, deixa minhas costelas aparentes, meu corpo fraco, minha visão turva e o descaso bem aparente. A fome da ignor...