quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Coronel vírus


Vivemos tempos difíceis, onde o medo está em nosso olhar, onde o coração fica aflito e o desespero fala mais alto. Para alguns é apenas um vírus, mera ignorância, uma doença que mata, não somente fisicamente, mas mentalmente e espiritualmente.
Além de atacar nosso pulmões, aflige a nossa alma e nos mostra que somos “nada”, e que a ciência é tão humana quanto nós.
Há quem diga que é castigo divino, outros falam que é bobagem, brincam, sorri sem máscara e deixam suas vidas em risco mortal. É muito além de ser apenas um vírus, uma gripezinha, é muito além do que possamos descrever. Mexe com o nosso corpo, com a mente e com a nossa alma, nos tira o fôlego, nos faz duvidarmos da nossa ignorância, nos faz sentir pânico ao dormir e ao acordar, nos afasta de abraços quentes e nos presenteia com problemas pulmonar, dor de cabeça, febre, nos deixa atordoados para que possamos passar por cima do nosso ego e orar.
Não chamo de vírus, mas de moldura, atinge dos ricos aos pobres, o poder, a ganancia, o egoísmo e a ignorância se desfazem para o “coronel vírus” passar.
Deixe-o passar, deixe-o nos mostrar que o ser humano é apenas uma criação divina, mas que somos frágeis, impotentes e inúteis, somos egocêntricos e precisamos de ajuda do ser mais evoluído do universo: Deus.
Só ele tem o poder de curar, salvar e nos da a oportunidade de nos moldar, refletir sobre nós mesmos, sobre nossos erros, sobre como nosso lar é importante, como a nossa família é única, sobe como devemos selecionar amigos de colegas, sobre ter medo, mas acima de tudo sobre como ter fé, perseverança, humildade para reconhecer nossas falhas, sobre a esperança e por último, mas não menos importante, sobre sabermos quem é Deus, quem é o dono do mundo, quem é o único que renova e restaura a nossa vida e a nossa saúde.
Corona não é maldição ou doença, é a oportunidade de demonstrarmos a nossa fé e refletirmos sobre nós mesmos, é a oportunidade de amar o próximo e de amarmos o mundo, ao invés de destruí-lo, é a oportunidade para restaurar laços familiares e de valorizar o simples como o ar que respiramos e agradecer por acordar mais um dia.

-Nívea Alves

SER DE SI




Ela é tão dela, tremenda mulher de uma leveza sem igual, com ritmo e sorriso contagiante. Uma deusa, uma rainha, uma dama, uma sereia, uma mulher que é tão de si mesma que causa inveja.
Ela é tão esperta de alma doce, de sorriso frouxo, coração mole e de jeito único. As vezes fala alto, pula, brinca, imagina, cria, ela é uma verdadeira obra de arte de dentro para fora, que mulher!
Ela é tão leve que parece brisa, que deusa! Deusa grega? Não, deusa nordestina de sangue quente, cabelos brilhosos, olhos castanhos e quando fica brava parece um touro valente, defere xingamentos, ironia e ignorância, a sua leveza some, dando origem ao furacão que existe dentro dela, vixe, ela é toda valente!
Ah que mulher mais bela, que ser encantador, ser de si, sem se preocupar com o que os outros vão achar, ela é tão gentil que se olha no espelho e diz: que mulherão lindo!
Que mulher! De autoestima elevada, não precisa ser elogiada, ela mesma se elogia, sabe o seu valor e saber onde quer chegar.
Ela é tão dela que o amor exala por onde ela passa, conquista o respeito, a igualdade, sem regalias, porque ela sabe do seu potencial, não precisa de benefícios, ela cria suas próprias oportunidades e faz acontecer. Ela é um ser único, divina mulher, que sabe o que quer.

-Nívea Alves

O MENINO JOSUÁ

A fome que me mata aos poucos, deixa minhas costelas aparentes, meu corpo fraco, minha visão turva e o descaso bem aparente. A fome da ignor...