A era dos relacionamentos
líquidos, onde tudo vai para o esgoto.
Que patético! Onde
relacionamentos são expostos em fotos e vídeos, muito mostrado e pouco vivido.
O corpo é exposto e a alma banida. Antes mesmo do “oi”, vem o “manda nudes”, a
nudez virou representação social, enquanto a nudez da alma é banal.
A era de mulheres que
tem filhos para exposição em fotos, mas na criação é descuidada, é pura
aberração. São loucas por atenção. Imploram likes, imploram visualizações, tão
vazias e superficiais. Fazem textões incríveis declamando um amor superficial,
não troca fralda, não dão amor, não compram leite, é pura farsa. Não criam seus
filhos dão para as avós e o texto postado é só um disfarce da sua
irresponsabilidade.
Homens expõe seus
corpos, fazem danças sensuais, tiram fotos ostentando, mas nem se quer pagam a
fatura do cartão. São bad boys que se acham indestrutíveis, não respeitam
relacionamentos e acreditam que traição é normal, fazem palavras de dejetos
para se referir as mulheres, não tem responsabilidade com sua própria vida, tão
pouco com a vida que ajudou a vim ao mundo, acreditam que sua vulgaridade é
sensualidade.
Vivemos na era que
expor a dor alheia é divertido, onde o fluxo de maldade é desenfreado e tudo é
motivo de piada. É a era do “mimi”, acorda sociedade e aprende a viver, a ser e
opinar sem precisar se justiçar o seu jeito de ser.
A hipocrisia reina e é
disfarçada de bondade, ajudam e expõe, vomitam difamação e ainda falam de
empatia e de respeito. Os sorrisos são vazios, as amizades são repletas de
traição, são lixos sociais que nos afetam, no machucam e atingem.
Queremos sempre o
melhor, mas melhor para quem? Para nós mesmos ou para agradar os outros?
Vivemos em um gigante copo vazio que precisa ser preenchido, nos curvamos
diante das adversidades, porque desde pequenos nos ensinaram a sermos fracos,
mas ninguém precisa nos ensinar isso, nós que temos que aprender a algumas
vezes a bater na vida e nos impor.
Vivemos na era que o
celular na cara é mais importante do que o olho no olho. Onde relacionamentos
nascem, vivem e morrem em redes sociais. Onde as discussões são digitadas e términos
decididos no bloqueio do whatsaap e do instagram.
A era dos
relacionamentos líquidos que fala de amor, empatia e solidariedade, mas que demonstra
ódio, julgamento, vulgaridade e exposição um esgoto a céu aberto inundado de
dejetos.
-Nívea Alves