Coronel vírus
Vivemos tempos difíceis,
onde o medo está em nosso olhar, onde o coração fica aflito e o desespero fala
mais alto. Para alguns é apenas um vírus, mera ignorância, uma doença que mata,
não somente fisicamente, mas mentalmente e espiritualmente.
Além de atacar nosso
pulmões, aflige a nossa alma e nos mostra que somos “nada”, e que a ciência é
tão humana quanto nós.
Há quem diga que é
castigo divino, outros falam que é bobagem, brincam, sorri sem máscara e deixam
suas vidas em risco mortal. É muito além de ser apenas um vírus, uma
gripezinha, é muito além do que possamos descrever. Mexe com o nosso corpo, com
a mente e com a nossa alma, nos tira o fôlego, nos faz duvidarmos da nossa ignorância,
nos faz sentir pânico ao dormir e ao acordar, nos afasta de abraços quentes e
nos presenteia com problemas pulmonar, dor de cabeça, febre, nos deixa
atordoados para que possamos passar por cima do nosso ego e orar.
Não chamo de vírus, mas
de moldura, atinge dos ricos aos pobres, o poder, a ganancia, o egoísmo e a ignorância
se desfazem para o “coronel vírus”
passar.
Deixe-o passar, deixe-o
nos mostrar que o ser humano é apenas uma criação divina, mas que somos frágeis,
impotentes e inúteis, somos egocêntricos e precisamos de ajuda do ser mais evoluído
do universo: Deus.
Só ele tem o poder de
curar, salvar e nos da a oportunidade de nos moldar, refletir sobre nós mesmos,
sobre nossos erros, sobre como nosso lar é importante, como a nossa família é única,
sobe como devemos selecionar amigos de colegas, sobre ter medo, mas acima de
tudo sobre como ter fé, perseverança, humildade para reconhecer nossas falhas,
sobre a esperança e por último, mas não menos importante, sobre sabermos quem é
Deus, quem é o dono do mundo, quem é o único que renova e restaura a nossa vida
e a nossa saúde.
Corona não é maldição
ou doença, é a oportunidade de demonstrarmos a nossa fé e refletirmos sobre nós
mesmos, é a oportunidade de amar o próximo e de amarmos o mundo, ao invés de destruí-lo,
é a oportunidade para restaurar laços familiares e de valorizar o simples como
o ar que respiramos e agradecer por acordar mais um dia.
-Nívea Alves
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