Eu vivo, sobrevivo e em uma corda bamba, eu me equilibro.
O que se fazer quando
não se tem alternativa, entre ir e ficar? O que se deve fazer quando a angústia
toma de conta de seu peito? Mas ao invés de gritar você tem que fingir que está
tudo bem e ficar em silêncio, quando na verdade só quer gritar, chorar,
espernear igual a uma criança mimada.
Eu me pergunto isso
todos os dias, porque é tão difícil as coisas acontecerem? Porque me sinto tão
inútil perante uma situação que nada posso fazer? Assisto de braços cruzados, é
isso? Qual significado de ser insignificante? Nem eu sei!
Vivo, sobrevivo,
respiro fundo, peço a Deus para me dá forças, porque sou tão frágil que se
desabar eu não sei se consigo levantar, só Deus me segura, só ele está lá, com
seu amor compreensão. Às vezes me pergunto por que sou tão frágil e para as
pessoas pareço tão forte? É tão fácil assim enganar até aqueles que acham que
me conhecem? Ou nunca me conheceram na verdade, apenas vêem o que lhes convém.
Todos os dias eu oro,
em meu coração Deus me diz para que eu fique tranqüila porque ele está comigo e
jamais me desamparou, ele está lá em meio à tempestade que me assombra; ele
está lá ao meu lado mesmo que eu pense que não sou ninguém, Deus me diz que eu
sou sim, alguém, alguém que ele ama. Então passo a perceber que ele jamais dará
um fardo se sabe que a pessoa não pode carregá-lo, ele deu–me um fardo pesado e
quero fazer jus, carregando–o. Deus sabe que eu posso que mediante as
dificuldades minha vitória é certa porque ele tem algo bom reservado para mim.
Mesmo que meus planos não coincidam com os dele, ele sabe o que é melhor para
mim, planejo coisas tão pequenas e ele me presenteia com coisas tão grandiosas
e uma delas, é a dádiva de acordar todos os dias, mesmo me sentindo fraca e
frágil, ele estende sua mão sobre mim e me acolhe, dando–me forças e coragem
para seguir.
–Nívea Alves
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