PRIMEIRO EU, SEGUNDO EU, TERCEIRO EU! Amor próprio!

  Eu era ingênua, me apaixonei por um cara que mal conhecia, mas que me fazia bem, eu sei que não posso obrigar a ninguém ficar na minha vida e que as pessoas são livres; mas eu não mando em meu coração, tão pouco sabia que iria me apaixonar por alguém que uma hora ou outra iria partir e me deixar para trás. Senti saudade, lembrei de momentos bons que duraram... O tempo foi passando e junto com ele o sentimento também, fui me acostumando com a ausência dele, até que chegou um momento que não senti mais nada.

  Voltei para minha rotina, estava feliz, estava tudo dando certo. Até o momento em que me apaixonei de novo e junto com essa paixão que até então parecia que iria durar para sempre, acabou de novo me via num beco sem saída sozinha, me sentia tão solitária, então fui buscar refúgios onde eu particularmente achava que era meu porto seguro, quando descobri que até então minha amiga era uma âncora, que me fez afundar e afundar... Demorei a perceber, mas descobri que estava sozinha, literalmente sozinha, sem sorte no amor, sem amigos, sem alguém para segurar a barra junto comigo.

  Para mim aquilo parecia um pesadelo queria acordar, não queria acreditar, como tudo se desfez assim num passe de mágica? Meu mundo desmoronou, e junto com ele foi-se a confiança que eu tinha nas pessoas, no amor... Fiquei incrédula, angustiada sem saber o que fazer, sem saber para onde ir, afinal para todos os lugares que eu olhava as portas se fechavam para mim, até meu próprio coração me enganou um falso amor, uma falsa amizade... Eu não sei o que fiz para merecer isso, mas nem para o meu pior inimigo eu desejo, eu quero gritar, quero sair desse labirinto que me cerca, eu estou com medo, não sei qual atitude tomar a não ser desabafar...

  Fiquei com medo, medo desse mundo cruel que cerca, nem no meu próprio coração posso acreditar, mas tudo bem tenho que manter a calma, usar a razão, não estou completamente só, eu encontrei uma luz no fim do túnel, eu a segui. E encontrei o que eu tinha deixado para trás, minha velha e grande amiga, aquela que amo incontestavelmente, eu encontrei o meu eu, o meu amor próprio, me reencontrei. O tempo não me deu trégua, foi passando, passando e finalmente eu aprendi a lição, que confiar nas pessoas é da um tiro em meu próprio pé, que nem todos vão retribuir o mesmo afeto e amor que dou, que nem todos são amigos, mas sim lobos em pele de cordeiro. Eu acordei daquele pesadelo, eu sai daquele labirinto que me cercava quando aprendi que devo me por em primeiro lugar em qualquer circunstância.

  Eu não odeio aqueles que me deixaram para trás, eu os agradeço por ter me ajudado a enxergar que nem sempre receberei sentimentos recíprocos, eu aprendi a lição, e hoje com certeza falo com orgulho e bato no peito PRIMEIRO EU, SEGUNDO EU, TERCEIRO EU para alguns é egoísmo, para outras apenas palavras, mas para mim são regras de sobrevivência.  

-Nívea Allves

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( Não revelarei nomes.)