Cuidado com certos "amigos".
Eu vivi
muito tempo na ilusão que não conseguia viver sem as pessoas que eu julgava insubstituíveis,
mesmo depois deles terem me machucado e me traído por algo tão banal, eu me
culpei por a partida deles, eu chorei por não ter conseguido feito mais. Toda
noite me agarrava ao travesseiro e tentava encontrar um motivo, uma razão para
eles terem ido, eu queria perdoá-los, queria que eles voltassem para minha
vida; senti-me vazia, triste, magoada, inútil e culpada...
Durante várias semanas me torturei, toda noite
eu pedia a Deus para saber o que fiz de errado, fiquei sem ânimo, muito mau
mesmo, até que comecei a rever tudo que aconteceu, do início ao fim.
Reli
todas as conversas, me pus no lugar de cada uma dessas pessoas, tentei entendê-las,
compreender tal atitude inexplicável que elas tomaram aquilo martelou e
martelou em minha cabeça, junto com os turbilhões de pensamentos e emoções.
Como um filme passou tudo diante dos meus olhos, as inúmeras conversas, os inúmeros
segredos, os momentos compartilhados, as tristezas ditas, a sinceridade que
prevalecia, tudo e como uma nuvem de fumaça, o vento levou e tudo se sumiu de
repente.
Depois de muito tempo refletindo cheguei a uma conclusão, essas pessoas
não me fizeram bem, elas queriam acabar comigo, saber de minhas fraquezas e usá-las
contra mim. Foi doloroso chegar a essa percepção, mas a partir daí minha vida
mudou, ninguém é tão importante e insubstituível ninguém é oxigênio para que eu
não consiga viver sem. Depois que essas pessoas se foram, eu sofri. Por que
tinha amizade, tinha companheirismo, tinha fidelidade, mas só da minha parte,
eu não recebi nenhuma contribuição daquilo que dei com todo meu coração, eu não
recebi a mesma confiança que eu entreguei nas mãos dessas pessoas, eu não tinha
amizades recíprocas, apenas vivia com um bando de hipócritas, falsos e
manipuladores ao meu lado.
Deixei-me
enganar, com palavras que eu julgava únicas e verdadeiras, me deixei enganar
com uma palavra que julgo mais importante do que a palavra eu te amo. Irmã, mana é assim que chamavam,
me iludi, eu fui boba em acreditar, mas minha fixa caiu e dei a volta por cima,
hoje consigo vê claramente quem está comigo e quem tenta me derrubar.
Não
fecho mais os meus olhos, sem dó e sem piedade. Apenas retribuo o que recebo. Machucou-me?
Vai se ferir também, mais cedo ou mais tarde. Foi falso comigo? Só foi uma vez
mesmo, nunca mais olha na minha cara. Tentou me dá rasteira? Prepara-se que
quando levantar, você vai virar barata. É simples, não é vingança, é a lei do
retorno, cansei de tanto apanhar, chorar e mendigar atenção, agora à lei do
amor próprio prevalece e sou recíproca como quem é comigo. Sou amiga de quem
devo ser e pior inimiga daqueles que me abraçam e tentam me apunhalar pelas
costas. Não tramo contra ninguém apenas retribuo o que ganho.
Sem falsidade,
sem hipocrisia. Se estiver comigo, esteja até o fim, caso contrário não entre
em minha vida, não pague de amiguinho, tão pouco venha me chamar de irmã se não
é a intenção me tratar como tal. Se não é forte o bastante para permanecer a
porta está aberta e falta nenhuma me fará, se não tiver a capacidade de está
comigo e ficar ao meu lado, a porta da rua é a serventia da casa.
-Nívea Allves
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